Viracopos efetiva mudança no desembarque, desativa andar e condiciona reabertura ao fluxo
Concessionária iniciou testes em agosto e decidiu realocar serviços de embarque e desembarque no mesmo piso. Espaço só voltará a funcionar se número de passageiros melhorar no aeroporto de Campinas. Saguão de embarque do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Espaço agora também vai abrigar o desembarque. Reprodução/EPTV O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), acabou com a separação entre os passageiros do embarque e desembarque e decidiu realocar os dois serviços no mesmo andar. Com a alteração, o segundo piso do terminal, que era destinado exclusivamente para pessoas que chegavam no empreendimento, será desativado pela concessionária. A reabertura do espaço vai depender da melhora no fluxo de passageiros da estrutura, segundo a Aeroportos Brasil. A mudança foi efetivada nesta semana depois de um teste feito pela concessionária a partir do dia 28 de agosto. Segundo o diretor de operações de Viracopos, Marcelo Mota, a única condição do andar entrar em funcionamento novamente é aumentar o número de pessoas em circulação no aeroporto. No ano passado, o terminal registrou o pior fluxo de passageiros da história. Por outro lado, em 2019 o índice melhorou e a previsão é fechar como o melhor ano da concessão. No entanto, mesmo com a previsão de terminar o ano com 10 milhões de passageiros, o número ainda é muito abaixo dos 25 milhões de pessoas em trânsito por ano previstos no início da concessão. A frustração da demanda foi um dos motivos para a crise financeira do aeroporto, que está em recuperação judicial desde maio de 2018. O terminal vive uma indefinição sobre como vai solucionar a dívida e estuda a possibilidade de relicitação e venda do controle acionário. Justificativas O diretor de operações afirmou que uma das justificativas para a mudança, além de não ter o número suficiente de pessoas em circulação para ocupar os dois andares, foi diminuir a sensação de distância entre os usuários. Segundo ele, os passageiros que desembarcavam no aeroporto tinham de andar um longo caminho a pé em um espaço onde não havia muitas opções de serviços, como lojas e restaurantes, já que estes estabelecimentos ficam concentrados na área do embarque, no primeiro andar. "A gente percebeu inclusive que existia uma demanda dos passageiros em desembarque para este serviço. A gente às vezes acha que quem chega quer ir pra casa, mas não, muita gente quer almoçar, parar em uma loja, comprar um presente. Tanto que tivemos um aumento de 20% a 50% no faturamento das lojas", disse Mota. Outra razão para o fechamento do segundo piso de Viracopos foi a economia para a concessionária, por evitar gastos com iluminação, segurança e infraestrutura. "Isso é um padrão em quase todos os aeroportos do Brasil. Nós apenas nos adequamos a uma prática já feita em muitos terminais e, além disso, é uma situação totalmente reversível em caso de aumento de demanda", explicou. Veja mais notícias da região no G1 Campinas
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