Boa Vista pede registro para fazer IPO na B3
A operação será coordenada por JPMorgan, Citi e Morgan Stanley, segundo prospecto preliminar protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Sede do SCPC de Campinas Murillo Gomes/G1 A Boa Vista SCPC pediu nesta quarta-feira registro para sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa brasileira, a B3, engrossando uma longa lista de companhias de diversos setores que estão se lançando na bolsa apesar de incertezas que atingiram os mercados nos últimos dias. A operação, que envolve ofertas primária e secundária de ações, será coordenada por JPMorgan, Citi e Morgan Stanley, segundo o prospecto preliminar protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Boa Vista, que se apresenta como a segunda maior empresa no setor de gestão e análise de dados de crédito no Brasil, afirmou no documento que pretende usar 94% recursos da oferta primária para aquisições. O fundo de private equity TMG Capital e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro serão vendedores na oferta secundária. Expectativas O movimento da Boa Vista acontece após a entrada em vigor da reforma do cadastro positivo no Brasil, no qual todas as pessoas farão parte de um sistema unificado de histórico de crédito, exceto se exigirem exclusão. O ajuste foi visto por especialistas como fundamental para permitir que o sistema de cadastro positivo deslanche no país e se torne comum como acontece em mercados como os Estados Unidos. A expectativa de expansão desse mercado no Brasil é apoiada em parte na projeção de forte crescimento do crédito nos próximos anos, no encalço da queda da taxa básica de juros para a mínima histórica de 4,25% ao ano. Além da Boa Vista, esse mercado é explorado no país pela líder do setor, Serasa Experian, e pela Quod, que tem como sócios os cinco maiores bancos brasileiros. A Boa Vista teve em 2019 uma receita líquida de R$ 662 milhões, alta de 10% sobre o ano anterior. Já o Ebitda ajustado avançou 22% e o lucro líquido, de R$ 74,4 milhões, cresceu 58%, também na comparação anual. Só neste ano, mais de 20 empresas já pediram registro para seus IPOs, movimento que se manteve desde a semana passada, quando uma turbulência atingiu com força as bolsas de valores no mundo todo devido ao temor dos efeitos do coronavírus na economia.
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