Aumentam as preocupações sobre o impacto da epidemia no crescimento global e nos balanços das empresas. Os principais índices acionários de Wall Street abriram em queda nesta quinta-feira (27), num momento em que a rápida disseminação do coronavírus em lugares fora da China aprofunda as preocupações sobre a desaceleração do crescimento global e os balanços das empresas. Às 11h47 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 2,23%, a 26.356 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 2,205436%, a 3.048 pontos, na 6ª queda consecutiva. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 2,86%, a 8.724 pontos. Os três índices estão agora mais de 10% abaixo de seus recordes intradiários alcançados no início deste mês. Na Europa, as principais bolsas tinham queda de mais de 3% após mais empresas alertarem que o surto afetará seus lucros e resultados, incluindo Microsoft e AB InBev. Na China, as bolsas fecharam em leve alta, com um menor número de mortes devido ao coronavírus e após o governo sinalizar mais suporte para a economia doméstica. No Japão, índice Nikkei fechou em queda de 2,13% e, em Seul, o índice KOSPI perdeu 1,05%. Já os preços do petróleo caíam mais de 2% nesta quinta-feira, no quinto dia consecutivo de perdas, para o menor nível desde janeiro de 2019. O petróleo Brent caiu abaixo de US$ 52 o barril, enquanto que petróleo dos Estados Unidos recuou para menos de US$ 47 por barril. EUA anunciam primeiro possível caso de transmissão do Covid-19 dentro do país O número de novas infecções por coronavírus na China, fonte do surto, foi pela primeira vez superado por novos casos no restante do mundo na quarta-feira, aumentando os temores de uma pandemia. Entenda os impactos do avanço do coronavírus na economia global e brasileira Embora o maior número de casos confirmados e os principais impactos ainda estejam concentrados na China, os temores de uma pandemia intensificaram-se com autoridades pelo mundo lutando para prevenir a disseminação do vírus, que já foi registrado em cerca de 30 países, gerando interrupção de produção e consumo na China, e também a paralisação de algumas atividades em países como Coréia do Sul, Japão e Itália. No Japão, todas as escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio foram orientadas nesta quinta a ficar fechadas até o fim das férias da primavera em abril para ajudar a conter o surto.
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